Um domingo qualquer

Na madrugada de um domingo qualquer,

Meu telefone tocou.

O número não estava salvo nos meus contatos.

Olhei, encarei o celular 

E decidi não atender.

Insistentemente, continuou a tocar.

Na insistência daquele desconhecido, atendi. 

"Alô!" - Falei 

O silêncio ecoou do outro lado da linha.

Mas, esperei. 

De repente uma voz conhecida diz:

"O toque dela não é o seu. O beijo dela não tem o teu sabor. O carinho dela não é macio como seu. Quando fazemos amor, só sinto prazer quando lembro de nós... Do teu toque forte me desejando, dos lábios deslizando pelo meu corpo fazendo escorrer entre minhas pernas o desejo de ser devorada por você." 

Ela deu uma pausa, e então continuou: 

"Em que momento eu te perdi? Quando que você partiu? e eu não percebi. Eu sei que é tarde demais para voltar, mas seria pedir de mais uma noite daquelas onde você e eu nos tornava um só?" 

E desligou.