era ‘descabida’, sua pretensão
de um desabrochar diferente
com espádice ereto e vistoso
um sonho sonhado em botão
mas se abriu repolhuda demais
à mercê dum mesmo padrão
em jardim de rosas alinhadas
doía o seu peitinho perfumoso
a sustentar tamanha privação
flor aberta em canteiro oposto
ao santo matiz dirigia oração
pintasse em breve uma saída
tempo de flor não é generoso
já, já cairia em despetalação
quem bem a via, um bem-te-vi
compreendendo sua aflição
arrancou-a do pé em bicadas
e aninhou-a no solo arenoso
da sua 'escandalosa' paixão
depois que a hora ficou ruiva
lançou pétalas ao afável chão
uma a uma, como livro aberto
ao esvair da seiva riu gostoso
a pequena vida em aceitação
os lírios lamentaram chorando
e releram sua dor desde então
até que se dobrassem por terra
num plantio mais harmonioso
de seus ânimos em comunhão
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 12/07/24 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 12 de julho de 2024 15:38
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
Comentários3
Bonito poema. Parabéns poeta. Boa noite.
Querida poeta Rosângela,
Muito obrigado pela leitura e pelos comentários!
Um abraço.
Boa noite!
Parabéns pelo seu belo e adorável poema! Parabéns! Boa noite! Um abraço.
Caro poeta e amigo,
Muito obrigado pela gentileza da leitura e pelos comentários!
Um abraço.
Com pitada sutil de erotismo e aguçada sensibilidade no trato da narrativa.
Abraços,
Caro poeta e amigo,
Muito obrigado pela visita e leitura tão atenta e pelos comentários!
Um abraço.
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