Sósio

JOHNNY11



Foi quando, para o velho eu, eu disse adeus
Que ganhei um novo eu
Mas que Deus? Mas que Deus?
Mas que Deus? Mas que Deus?
Mas que Deus? Mas que Deus?
Mas que Deus?
Um novo eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu
Um novo eu, , eu, eu, eu, eu

Eu e meu novo eu,
 nosso santo não bateu
Perguntam vocês, o que aconteceu comigo?
Eu digo o que me aconteceu
Saí do inferno e entrei no paraíso
Através do meu caderno
Eu pude ver um sorriso
Que já não via desde o ensino médio
Nenhum bicho me mordeu
Eu só queria sair desse lixo 
No que o mundo me meteu
Mundos e fundos, o mundo me prometeu
Um salário fixo, a cruz e o crucifixo
O meu coração derreteu
Quando ele se converteu
Do céu ao inferno
Aquele amor fraternal morreu
Não importa como o metamorfismo ocorreu
O que importa é que aconteceu

É isso, me agarrem e eu irei até ele
Aquele que não sou mais eu
É isso, me agarrem e eu irei até ele
Aquele que das cinzas renasceu

Aquele que nasceu para me servir 
Mas esperem, ele não deveria ser o único a intervir?
Mãos ao alto deixem meu novo eu se divertir
Deixe-o beber até cair
O amor é para quem o viveu
Não é para quem não se atreveu
Se contigo a conversa encolheu
É porque com outra pessoa, cresceu
Que chatice, sobe e desce
Que quando nao desce, sobe
Que quando sobe não desce
Só desce quando o cinto se descose
Se a conversa com outra pessoa cresceu
Eu digo, então cresce e desaparece
Se a conversa comigo encolheu
Tudo o que posso dizer é, graças a deus
O céu ganhou mais uma estrela
Que pena não poder vê-la
Eu e meu novo eu, continuamos com as nossas tretas
És tu, sou eu, qual de nós é o maior problema
Serei eu? homem que não sabe enfrentar um dilema
Será meu novo eu? homem com muita crença
A custo quebro as algemas
Eu desço ao chão com firmeza
Se as circunstancias não forem mais as mesmas
Vou sentar na mesma mesa

É isso, me agarrem e irei até ele
Aquele que não sou mais eu
E isso me agarrem e irei até ele
Aquele que das cinzas renasceu


As vezes quando estou sozinho
Eu me pego pensando em mim
Velhos hábitos não abrem novos caminhos
Se quero que que a mudança comece em mim devo agir e reagir
Devo sempre esperar o mal

Eu sou a pior versão de mim mesmo
Porque o que eu digo 
nao corresponde ao que penso
Quem tem amigos 
assim não precisa de inimigos
Precisa, e precisa deles mais perto ainda
É difícil haver consenso 
quando estás em guerra com a tua própria mente
Muitas vezes uma guerra permanente
Eu digo, eu tenho-lhes um amor imenso
O meu, eu, diz, nunca vi ninguém se sentir tão tenso
Devem estar a pensar, que cenário mais propenso
Mais propenso para a ter conflitos internos 
A tua sorte está a mudar
Está a dar lugar ao azar
Azar que não há de te largar
Enquanto não saíres do mesmo lugar
É minha alma
Que se separou do corpo
E agora com calma
Tenta se recompor aos poucos
E tu percebes que é o teu dia de sorte
Quando o génio da lâmpada resolve
Quando ele decide consertar esse pequeno recorte
Só ele pode
Só ele tem o pote
Vai e não voltes
Já me sinto muito mais forte
Não é que eu me importe
Eu sempre segui o norte
Sempre manti o foco
Mas pelo sim pelo não 
Vou ver para além do obvio
Este sosio que sou eu
Que chegou aos pódios
Através dos meus olhos

é isso, me agarrem e irei até ele 
Aquele que não sou mais eu
E isso me agarrem e irei até ele
Aquele que das cinzas renasceu

  • Autor: JOHNNY11 (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de julho de 2024 11:40
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Caramba,! Que reflexão intensa e conflituosa contigo e teu eu interno. Parece até que vivem em um inferno interior. Que amargor! Isso,se não fosse pura poesia,poderia fazer de tua vida um Inferno! Mas, o poeta é um fingidor,já dizia o mestre F.Pessoa! Bem vindo de volta! Poema bem feito apesar de contrafeito!

  • Shmuel

    Nossa! Que fôlego de inspiração!

    Abraços!



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