NO
No balanço do saber que acumulei,
Sei o que move cada coisa neste mundo,
E como a energia se gasta, em que sentido.
Vislumbrei como átomos interagem; certo do que sei.
Entendo por que a água, teimosa,
Demora a desaparecer no ar.
Contudo, incerto, nunca prevejo
Quanto vai continuar a planar.
Aprendi que suas partículas se desarranjam e logo se rearranjam,
Mas nunca prevejo o tempo que essas interações planejam durar.
Sinto que sei de tudo um pouco;
E que sempre penso como um louco.
Mas meu saber se perde no mar
Das previsões que não sei traçar.
As forças que agem, tantas e diversas,
Impulsionam o movimento na dança do elemento.
Mas não decifro quanto durarão suas pausas,
Nem quanta força sustentará seu alento.
Escrevo em páginas marcadas pelo aprendizado,
Mas, no livro das previsões, permanece o vazio,
Onde a incerteza dança em seu silêncio defasado,
E o futuro se desvela em um mistério sombrio.
Aprendi a desvendar os segredos sigilosos da matéria,
Mas o tempo e o módulo das grandezas que o dominam
Permanecem além do alcance da minha mente hespéria;
Num horizonte onde a heresia e a poesia não se entrelaçam.
- Autor: victoremmanuel ( Offline)
- Publicado: 11 de julho de 2024 12:21
- Comentário do autor sobre o poema: Meu próximo poema terá o tema baseado na última obra da pessoa que realizar o primeiro comentário aqui.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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