Se tens um coração de ferro, bom proveito
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia
É humano, assim deveria ser o seu também
Precisamos de mais carne e menos ferro
As palavras proferidas pelo coração
Não tem língua que as articule
Retém-nas um nó na garganta
Só nos olhos é que se podem ler
É preciso falar e agir com o coração
Aqui, na Terra, a fome continua
A miséria, o luto, e outra vez a fome
A vida é uma aprendizagem diária
Precisamos combater o bom combate
Compartilhar a dor alheia, rechaçar a falta do que comer
Venham as altas alegrias para todos
Venha a paz desejada sobre toda a humanidade
Porque os homens são anjos nascidos sem asas
É o que há de mais bonito
Nascer sem asas e fazê-las crescer
Com empatia, harmonia, sensibilidade e amor ao próximo
O sorriso é a manifestação de uma sabedoria profunda
Vamos sorrir mais
Nós sempre temos a necessidade de pertencer a alguma coisa
Vamos pertencer à classe dos que tem um coração de carne
E que sangra ao ver tanto sofrimento
Aceita o convite?
- Autor: Andre Dias ( Offline)
- Publicado: 5 de julho de 2024 17:01
- Comentário do autor sobre o poema: Contém trechos de obras de José Saramago. José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, Portugal, 16 de novembro de 1922 – Tías, Lanzarote, Ilhas Canárias, Espanha, 18 de junho de 2010) foi um escritor português. (Wikipédia)
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
Comentários1
Um capricho e tanto este texto!
Abraços!
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