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Ruas vazias,o abandono tudo se entrega para noite; é bem tarde da noite.
Casas antigas,portas fechadas,janelas também, silêncio da noite; é bem tarde da noite.
Alguém tosse, uma coisa produtiva, é bom sinal,ela não é seca...traz o penico preciso escarrar.
São casas antigas, pessoas também as vezes quebram o silêncio,o vizinho já não liga, é o senhor Antônio dizem.
Silêncio da noite; é bem tarde da noite, ruas,vias calçadas com pedras ,escorregadias com o sereno da noite.
Barulho de lata na rua,uma sombra alongada na noite; é bem tarde da noite,
Foi apenas um gato,a procura de alguém.
Os felizes felinos da noite! bem tarde da noite começam o namoro, senhor Antônio,idade avançada grita na casa.
Tem alguma criança chorando a noite; bem tarde da noite, não Antônio, são os gatos querendo namorar vê se dorme.
A noite; bem tarde da noite é silêncio agora, não há tosse,os gatos satisfeitos já dormem em algum porão.
Dia chegando, abraçando a noite devagar para não acordar os gatos,a tosse começou...traz o penico preciso escarrar.
- Autor: R.Capuano ( Offline)
- Publicado: 13 de julho de 2020 00:36
- Categoria: Amor
- Visualizações: 18
Comentários1
Uma narrativa preciosa! fez-me viajar na imaginação do quadro. A personificação no penúltimo verso contrastando com a fala da personagem poética, uni rebuscamento e simplicidade na mesma barca e dá ao texto originalidade. Parabéns Poeta!
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