Querido, fantasma. Gostaria de poder te chamar de " Diário", mas não tenho o abito de escrever todos os dias, portanto, continuarei com " Querido fantasma". Ultimamente tenho sentido a solidão mais que nunca, o aperto em meu peito, a dor de não sentir um abraço daqueles quentinhos. Me pergunto se eu estivesse no lugar de outra pessoa, se a solidão passaria. Está aí, a grande questão: A solidão passa? Ela é um daqueles sentimentos que pega um trem e só volta no próximo verão? Eu acho que não. A solidão está sempre acompanhada, se você perceber, nunca sozinha. Mas ainda sim, é solitária. Querida, Solidão, eu vejo você vestindo uma capa preta, assim como o chapéu. Você está sentada em um banco sozinha na estação. O trem vai, o trem volta, e você não consegue ir embora. Não sozinha. Achei que você era simples, me desculpe por isso. Não te dei muita atenção, achando que você era tola e logo esqueceria do que estava passando. Me enganei. Solidão, preciso cuidar de ti, fazer perguntas, do que se passa, o que aconteceu, sente falta de quem, quer que quem vá embora. Prometo agora, te ouvir, ou pelo menos, tentar.
Um abraço, de sua companheira.
- Autor: Lana (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 28 de junho de 2024 08:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
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Comentários2
Esses fantasmas assustam muitos corações.;.
Que bom ter um amigo fantasma para desabafar, amei a ideia do texto!
Abraços!
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