LUAR DO CERRADO (soneto)

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Quando, no cerrado, vem o anoitecer

O seu luar prateia as várzeas quedos

Num silêncio de fúnebres segredos

Numa tal beleza por assim merecer

 

É o Criador vazando o belo entre os dedos

Enfeitando a noite para não mais esquecer

Ladeando a lua com estrelas a resplandecer

E pondo a prova os nossos sentidos tredos

 

É tanta intensidade da luz, tátil é o perceber

Que nos faz pequeninos, eternos mancebos

Pasmado, que quase não se pode descrever

 

A imaginação migra para vários enredos

Numa rutilante e bela experiência no viver

Numa total plenitude e sentimentos ledos...

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 – cerrado goiano

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado

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Comentários1

  • Maximiliano Skol

    "É tanta intensidade da luz, tátil é o perceber
    Que nos faz pequeninos, eternos mancebos
    Pasmado, que quase não se pode descrever." Conheço o luar do cerrado, meu prezado amigo, Luciano.
    Parabéns.
    Um forte abraço.



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