Me sinto afogado, afogado em lembranças, memórias, toques.
Quanto mais tempo deixarei que toquem meu corpo,
que toquem minha alma, meu ser?
Eu me lembro vagamente de seus toques.
Não tento substituí-los, jamais farei isso com o que restou de você em mim.
Mas vivo em uma busca constante por algo que me faça sentir
tão vivo quanto eu me sentia sendo tocado por você.
Quanto mais tempo deixarei que me toquem?
Meu corpo.
Minha alma.
Não quero seu toque em minha pele,
mesmo com todas as quentes e doces lembranças.
Não quero.
Quero você o mais longe possível deste corpo que você falhou,
desta alma que você abandonou, deste coração que você roubou.
Quanto mais tempo deixarei que me toquem?
Meu corpo.
Minha alma.
Você correu atrás de outros corpos enquanto deixou o meu definhar e morrer?
Correu atrás de outros meninos e de conquistar outras mulheres,
enquanto meu corpo definhava e morria.
Você fez graça do meu amor para um outro homem qualquer,
para uma outra mulher qualquer.
Quanto mais tempo deixarei que me toquem?
Meu corpo.
Seu corpo.
Minha alma.
Seu coração.
Devolva meu coração.
Devolva o que você roubou.
Devolva meu tesão, minha vontade, meu ser, minha alma, meu corpo.
Meu corpo.
Meu corpo.
Devolva eu mesmo a mim mesmo.
Vou escrever aqui, vai que você passa para ler.
Com carinho e melancolia,
Juan Guilherme e Alaska
- Autor: Alaska (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de junho de 2024 16:44
- Comentário do autor sobre o poema: Queria que meu reflexo entendesse, finalmente, a profundidade do meu desespero e a urgência da minha recuperação. Que essas palavras possam me devolver a mim mesmo. Que possam ser o grito de libertação que preciso ouvir. Faço alguns vídeos no TikTok de poesias e poemas. Dêem uma olhada lá! :) https://www.tiktok.com/@alaska_ae
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
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