Toda a culpa é do mordomo.
Essa ladainha me dá sono,
Mas meus olhos não estão fechados,
E veem nos horizontes um quadro mal pintado.
Para mim está difícil dormir com esse barulho.
Nessa terra aterrada
Ninguém tem culpa de nada
Toda a culpa é do Estado e do entulho.
Estado, sociedade e mercado.
O jogo não era tão desequilibrado.
Agora passeiam as cartas marcadas
Jogadas para tudo e para nada.
Nos novos tempos, os velhos moços
Colocam o mundo no bolso
E por baixo dos panos
Arrastam tudo e causam danos.
Em qual parte ocidental ou oriental,
Com tanta riqueza natural,
O povo vive tão mal
Como aqui nesse quintal?
Marcada à parte, a arte de regular está sendo desregulada.
E no caminho do deus dinheiro
Não surge um camelo pra limitar a caminhada.
Quem vai dizer que a eco “non” mia mais alto?
Ela corrompe, envenena e toma de assalto.
Tornando natural o artificial,
Ela vai promovendo na pirâmide social
Uma diferença abissal.
A eco não prioriza a bio.
Dela só escapa o que ela não viu.
Ela é mecânica, robotizada,
Sem alma, sem nada
Que possa compreender a vida,
Por isso queima tudo para se manter aquecida.
Ela não faz eco para os gritos da vida no meu mundo
A eco ecoa para o touro pisar fundo.
- Autor: Magno Ferreira ( Offline)
- Publicado: 8 de junho de 2024 12:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 0
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.