A VALSA
Ainda me lembro da minha primavera...
Seu corpo lasso, mergulhado entre meus braços,
O meigo encontro de olhares e de passos,
Tresmudando em real minha antiga quimera!
Estão vivos em minha mente aqueles traços
Que, ornavam o salão qual mimosa aquarela,
Adornada, talvez, por artista de outra esfera,
E, cuja lembrança inda deixa os olhos baços!
Meu outono da vida chegou apressado
Mas, aquela nota de amor inda ressoa
Dentro d’alma, agora em tom mais frio e mais lento
Pois, na sombra do tempo, o amor jaz embaçado,
E, o lance, que um dia foi longo, agora ecoa,
Como um curto compasso sussurrado ao vento!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 4 de junho de 2024 11:55
- Categoria: Amor
- Visualizações: 39
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Comentários3
SERGIO NEVES - ...meu amigo,...esse teu escrito tá tão bem a caráter com relação ao tema que à medida que se lê, vai também ecoando na mente, na alma, toda uma bela sonoridade "valsal"...,...conseguiste com esses teus mui bonitos e sentidos versos dar bem todo o singelo ritmo que esse tipo de "composição" requer...,...muito, muito bom! /// Abcs.
Ave Poeta Sergio! Teu elogio é contagiante e inspirador. Agradeço, de coração. 1 ab
Um escrito desse, singelo e verdadeiro, e uma canção que nos adormece nas palavras ditas, ficou bem exposto um grande amor sentido...
abraços
Ave Poeta! De fato, a canção não só lembrou como também inspirou o soneto. Obrigado meu amigo. 1 ab
Que pérola! Dancei, como se não houvesse amanhã, ao som desta maviosa valsa.
Abraços querido poeta, Nelson
Bom dia, meu amigo. Sempre indispensável a sua participação aqui. 1 ab
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