Finjo

Isabela Fenix

Só finjo
Me desligo
Finjo que não te observo...me observando.
Finjo
É, finjo.
Finjo que não está ali
No alcance das mãos
Implorando pela minha atenção

Diga, meu nome
Diga, meu nome e não pause
Diga, e desenvolva a tua questão
Qual é a tua questão?

Você me quer ou não?

Pare de fingir
Todos que estão aqui
Já viram que tu caiu por mim
E é tão óbvio
E é tão patético
O jeito que se humilha

Gosto de observar
E eu finjo, não estar lá

À questão, não está lá 

Com a mente nas nuvens
Olhar perdido
Estou aqui

Diga, meu nome
Diga meu nome sem pausas

Você sabe que isso me irrita

Diga de uma vez
É por mim que você está apaixonado?

Se for não... 
Se a resposta for não

Só continue a dizer
Meu nome nas pausas
Em meio as pausas
E eu saberei
Que você não é meu.

  • Autor: Fenix (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de junho de 2024 14:48
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 7
Comentários +

Comentários3

  • Jucklin Celestino Filho

    Poesia sensível que diz tudo.Expressa sentimentos profundos: A mulher e a poetisa se auto-proclamando.
    Parabéns!
    Boa tarde!!

    • Isabela Fenix

      Obrigada! Boa-tarde! 🙂

    • Arlindo Nogueira

      Olá Poetisa Fenix! "Finjo" é um poema que fantasia a realidade com o mundo interno do "eu lírico" e suas percepções: "Finjo que não te observo...me observando. Finjo.
      É, finjo. Finjo que não está ali. Só continue a dizer, meu nome nas pausas". Assim, essa pérola de poema é anunciado pela voz poética, ou seja, elemento literário originário da subjetividade do autor. Mil aplausos para você.

      • Isabela Fenix

        Gostei da tua análise. É boa e faz sentido. 🙂

      • Arlindo Nogueira



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