Só finjo
Me desligo
Finjo que não te observo...me observando.
Finjo
É, finjo.
Finjo que não está ali
No alcance das mãos
Implorando pela minha atenção
Diga, meu nome
Diga, meu nome e não pause
Diga, e desenvolva a tua questão
Qual é a tua questão?
Você me quer ou não?
Pare de fingir
Todos que estão aqui
Já viram que tu caiu por mim
E é tão óbvio
E é tão patético
O jeito que se humilha
Gosto de observar
E eu finjo, não estar lá
À questão, não está lá
Com a mente nas nuvens
Olhar perdido
Estou aqui
Diga, meu nome
Diga meu nome sem pausas
Você sabe que isso me irrita
Diga de uma vez
É por mim que você está apaixonado?
Se for não...
Se a resposta for não
Só continue a dizer
Meu nome nas pausas
Em meio as pausas
E eu saberei
Que você não é meu.
- Autor: Fenix (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de junho de 2024 14:48
- Categoria: Amor
- Visualizações: 9
Comentários3
Poesia sensível que diz tudo.Expressa sentimentos profundos: A mulher e a poetisa se auto-proclamando.
Parabéns!
Boa tarde!!
Obrigada! Boa-tarde! 🙂
Olá Poetisa Fenix! "Finjo" é um poema que fantasia a realidade com o mundo interno do "eu lírico" e suas percepções: "Finjo que não te observo...me observando. Finjo.
É, finjo. Finjo que não está ali. Só continue a dizer, meu nome nas pausas". Assim, essa pérola de poema é anunciado pela voz poética, ou seja, elemento literário originário da subjetividade do autor. Mil aplausos para você.
Gostei da tua análise. É boa e faz sentido. 🙂
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.