Um dia será meu fim, um dia o fim virar!
Enquanto não chegar este dia, estou a merecer de me entregar.
Aos sambas mais belos, aos sons dos atabaques, aos percussões que me achem, as giras que alucinam o meu corpo, aos axés que me deixa encantada, as belas mulheres que um dia terá sido e serás amadas.
Aos cantos que posso proporcionar, aos mais belos lares para poder ficar, as diversas esferas para me adentrar, há uma vida descoberta que quero me aprofundar.
Aos tons de pele. minha pele preta, alucina…
Tenho um canto varrido, um pouco sofrido, de um jeito bonito, para um público extinto.
Perdendo-me diante das matas, encontrando no lago minha querida alma, meu ser santo, minha mãe do acalanto, com ela não tenho espanto! Me entrego ao meu orixá, um ser vazio, complementa ao seu entrar.
Em meios dessas matas, meus caboclos me guiam em minha caminhada.
E por meio desta estrada de escrivaninha, minha arte será mantida!
Sem medo de mediar, viver é um ato de está, permanecer, sempre será ficar.
Em meios pensamentos vazios, essa poesia há de se desenrolar.
Laina Bulcão.
- Autor: Laina Bulcão (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 31 de maio de 2024 00:15
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
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