estou seca
ressecada sem a seiva
a nutrição já não enseja
fazer parte de mim
amarelada desde o caule
fino trapo me desnuda
sou flor distante e muda
no chão deste jardim
estou seca
ressecada
ressequida
sem alma, corpo ou vida
pelas veias do meu ser:
a água sumiu do xilema
a fibra vedou meu floema
nunca pude acontecer!
resta-me agora a palavra
filha sou desta lavra
adubo transformado em brasa
desvendo em mim o poema
que nunca pude fazer…
noi soul
Pulsão Poética
@noi.pulsaopoetica
- Autor: noi soul ( Offline)
- Publicado: 23 de maio de 2024 18:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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