As armas empurram essa terra verde-amarela
Pra aquarela do calmante,
Para a novela da saúde alucinante.
As armas estão nas mãos
Dos que sequer aqui estão.
Cristãos não são não,
São demais pra servir Cristo,
Servem-se com voracidade
E devoram com capricho.
As armas estão nas mãos
De quem define a direção,
Nunca estiveram com a população.
Os que mandam nessa praça
Rasgam terra, água e céu
Escondendo seu papel
Numa cortina de fumaça.
Essa terra pra essa gente que nos ferra
É uma mãe de leite nas mãos do deus da guerra.
Sem se vestir, sai a minha alma por aí
Se achando meio perdida;
Com o baixo preço da vida.
Aqui decai o arranjo social.
Do cais despenca a alma animal.
Aqui é de quem dita a dança
E bota fogo na balança.
Sendo assim, a massa segue
Sem ter onde se pegue,
A andar com um pé atrás e ofegante,
Enquanto esse barco segue, segue
Como castelo dos senhores flutuantes.
- Autor: Magno Ferreira ( Offline)
- Publicado: 21 de maio de 2024 12:42
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
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