CÓPIA FIEL
Solitário em meu quarto, a tudo alheio,
Ouvindo a instrumentista romanceira,
Vi o sorriso da jovem faceira
Que um dia fora todo o meu enleio!
Sei que um bardo é sonhador...Anda a beira
Do impossível, perto do devaneio!
Por isso canta, sem pejo ou receio,
Sua vida real ou condoreira...
Mas, a jovem não fora uma utopia,
Fora real! E, olhando a musicista,
Outra vez a vi presa nos meus braços!
A nostalgia encheu a minha vista,
Pois, no rosto daquela artista, eu revia
A jovem faceira, em todos os traços!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 19 de maio de 2024 17:49
- Categoria: Amor
- Visualizações: 18
Comentários1
Meu prezado Nelson, é isso mesmo: às vezes um fortuito palmo de rosto nos brinda com agradáveis recordações.
Um belo soneto.
Fraternal abraço.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.