Eu sou estranha e consigo entender os estranhos,
que derivam à costa à procura de algo;
Não se preocupam com a lógica dos rebanhos;
Só querem colocar as suas ideologias a salvo.
Ser estranho não é para qualquer um;
São facilmente julgados pelo senso-comum;
Para levantar a voz, não perdem as estribeiras;
Não se contentam com atividades corriqueiras.
Os estranhos são encarados com olhos deformados;
Por aqueles que não enxergam a realidade;
Foi para uma especifica missão que eles foram formatados;
Não para satisfazer o intuito da mediocridade;
Há uma subtil estranheza a pairar na minha vida
e levei anos a aceitá-la com a coragem devida;
Escalei diversas montanhas sem medida;
Só para me nutrir com a bondade coagida.
A estranheza é bem-vinda à minha casa;
Pois ela só vem por intermédio de um convite.
Ela não veio para usufruir de um jantar de requinte;
Só vem mesmo para dar fulgor à minha brasa.
Não se atira a estranheza aos porcos;
Pois estes foram designados como iguais.
Passam demasiados tempo em charcos,
sem entender devidamente os sinais.
Hoje reconheço que é a estranheza que me define;
Ela sempre correu atrás de mim.
Não existe tentação que me amofine,
quando trago outros estranhos para o meu jardim.
- Autor: Lesy Williams (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de maio de 2024 07:25
- Comentário do autor sobre o poema: Descobrir a verdadeira essência
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2
Comentários1
sensacional
Obrigada 🙂 continue seguindo os meus poemas. Um abraço
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