MODO

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Saudade não tenho, sem ter algo à recordação

sinto, gasto em presunção, consumo em apelo

quero ter explicação e caio em nenhuma razão

nada revivo, e o meu coração, ando a contê-lo

 

Inquieto, o poetizar é tão frágil em sensação

prede o meu sentimento, mas sem prendê-lo

não me dão suspiros ou muito pouca emoção

só sussurra, cânticos, tão frios como um gelo

 

Odeio a rima sem sentindo, apenas estando

lamento sem causa haver, lamentando vejo  

o silêncio no peito, vazio de desejo, suporte

 

A solidão acossa, a poética vive chorando

no sentimental nem sei mais o que almejo...

E, eis o modo em que estou por vós, sorte.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

14 maio, 2024, 19’49” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.