O homem despedaçado

Ás vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Talvez por achar que não estou nesse patamar
Eu a vejo passar com pasmo

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Sei lá, é como se alguém estivesse tentando me tramar
Sei que é a guerra do ultramar que tem me atormentado

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Só penso em quem vai me cremar
Quando não sou nada mais que um retrato

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Oh morte, ferida dificil de drenar
Parece que tudo já estava destinado

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
A morte não tem dor um raio
Experimenta uma vez na vida colocar-te no meu lugar

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Porque ver quem amo me abandonar
É um sentimento de impotencia, tipico de um homem fraco

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
E mais um pouco eu não acho que me deveria orgulhar
Por não me expressar, não falar, ser um bicho do mato

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Para quê amar se tudo acaba mal no final?
Tudo o que sobra são rosas mortas no meu tumulo, oh diabo

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Às vezes acho que são vozes a chamar
Às vezes acho que é tudo fruto da minha imaginação, é um fato

Às vezes acho que não deveria amar
Às vezes acho até que não deveria ser amado
Que não me mereço ter ninguém para me abraçar
E gritar, tu és mais do que eu poderia imaginar, és um sonho tornado realidade