Queria voltar a ser pequena,
No mundo vasto da imaginação,
Onde cada desenho é uma cena,
E cada doce, uma doce emoção.

Lembro-me da pureza da brincadeira,
Correndo livre sem preocupação,
A inocência era minha companheira,
E a alegria, minha canção.

Algodão doce, nuvem doce no ar,
Rosa e azul, sabor de vento e festa,
Era sonhar e no sonho voar,
Sem fim, sem hora, sem uma resposta certa.

Agora, adolescente, olho para trás,
E vejo a criança que ainda vive em mim,
Nos sonhos que guardo, suaves e capaz,
De me fazer crer que ainda não é o fim.

Porque dentro de cada um de nós,
Há um pedaço que nunca cresce,
Que se encanta com a mesma voz,
E que da vida, só o amor conhece.