E agora cerrado?
O outono acabou
a chuva secou
o clima mudou
as flores estão de partida
que tudo cria
em harmonia
que outrora enfeitou
agora ofuscou
à beleza do dia
E agora cerrado?
vai hibernado
vai viver
ressecado
Galho sem folha
vento desgovernado
os dias empoeirados
O tempo parado
a mesmice rotineira
e cheiro de mato queimado
Se você amenizasse
Se você pudesse
Se você adivinhasse
Se você soubesse
que desânimo é esse
Se você quisesse
Se você chovesse
Mas você não chove
Você é árido, cerrado!
O tempo na secura
qual barro craquelado
sem boa temperatura
sem verde ao lado
para refrescar
sem ter-te infando
você castiga, cerrado!
Cerrado, até quando?
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25/04/2016, 18'00" - Cerrado goiano
paródia do poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
- Autor: poeta do cerrado - Luciano Spagnol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 27 de abril de 2024 05:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.