Senhor Mariposo acabara de se casar

Após a lua de mel, Mariposo olha para seu marido e diz

‘’Dê-me o seu olho’’

E sem contestar, o marido arranca o próprio olho 

E entrega ao amado

 

Mariposo o mastiga lentamente e engole

No dia seguinte, mariposo olha para seu marido e diz

‘’Dê-me o outro olho’’

O marido arranca novamente e entrega

 

Mas dessa vez, Mariposo não gostou

‘’Não é suficiente, dê-me a orelha’’

E o marido não contestou, arrancou a orelha e lhe deu

 

E dia após dia era a mesma rotina

‘’Dê-me a outra orelha’’

‘’Não é suficiente, dê-me o fígado’’

''Não é suficiente, dê-me o coração''

 

A cada dia, um membro ou órgão era adicionado a conta

Ele era assim, insaciável, nada era suficiente para preencher

No último dia, Mariposo nem sequer olha para seu marido

Mas diz

 

‘’Dê-me...a sua alma’’

Mas o marido não respondeu

Não sobrara nada dele que pudesse responder