Solitude e praça deserta, contemplo uma árvore sentindo saudade que aperta; Viver é sentir, viver é ir.
Cada página da vida, cada volta, cada ida, cada volta no tempo; nostalgia e sentimento de um valor tardio a uma vida não vivida.
Sou um louco, porque mergulho de cabeça em um instante que a vida não está; estou lúcido nessa loucura de querer voltar a um tempo que foi.
Sou desejante pelo que não há ; abrevio meu presente desejando o instante que não é.
Nesse banco de praça penso a vida e sinto que estou mais velho, penso em outra vida, uma vida que permanece não vivida aqui dentro.
O verde gramado que sustenta meus passos, testemunha meu caminho, e percebe que não tenho pressa de voltar para casa.
Sol que se põe e lua que surge; anoitece e nada acontece, meus dias; minha prece.
- Autor: Thiago de Melo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de abril de 2024 22:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários1
Um poema realmente soturno e com toda a nostalgia de um tempo que não se pode mais recuperar. Assim é a vida! Mas cada dia vivido vale a pena e a poesia pode lhe ser uma boa companhia. E escrevendo,desborda sua melancolia.
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