De repente apareceu, como um personagem inédito
Cheio de referências, era espetacular
Me encantou, me impressionou
E mentiu sobre todas as verdades que eu gostaria de acreditar
De repente entramos em um caminho, mal iluminado e mal sinalizado
Houve um acidente, fiquei desnorteada
Todos os outros personagens pararam para presenciar
E ninguém entendeu nada
De repente ganhei de presente um silêncio com volume gigante,
Eu (quase) não conseguia me escutar
O silêncio estragou minhas músicas preferidas e o som das palavras que você deveria falar
De repente seu personagem não performava mais, e não fazia mais sentido
Restou apenas o gosto amargo daquele whisky na minha boca
E as dúvidas sobre tudo que eu não tinha percebido
De repente tudo se apagou e perdeu a cor
E com medo da sua escuridão te coloquei em um pôr do sol
Estático, te prendi na luz mais brilhante que eu pude pintar
E você foi embora como uma tarde de verão que nunca mais voltará
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Autor:
Paola Filus (
Offline) - Publicado: 17 de abril de 2024 09:50
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Offline)
Comentários2
Foi uma experiência e tanto, será que seria bom se tua imaginação fosse verdadeira? É difícil quando se sonha sozinha. A vida é assim não podemos perder a esperança que alguém vai fixar moradia.
Seu bem e elaborado texto ficou incrível, me fez pensar, refletir e até mesmo questionar se é uma experiência pessoal da autora, ao que me parece, sim, usando esse poema como uma forma de desabafo.
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