O Art

Oh Sombria e Vazia Carência...

Na penumbra do peito, a carência habita,
Um lamento silente, que a alma agita.
É a ausência sentida, um vácuo a vagar,
Num coração sedento por se enlaçar.

É como uma sombra que se estende ao longe,
Um eco sombrio que nos consome,
É o vazio que sussurra ao ouvido,
Enquanto a busca por conexão é nutrido.

A carência é um rio de trevas a correr,
Em busca do amor que nunca há de obter.
É a ansiedade por toques, abraços e afeto,
Um desejo obscuro que clama por completo.

Mas na carência também há uma beleza negra,
Na vulnerabilidade que nos faz reféns da espera.
Pois é na falta que aprendemos a sofrer,
As agonias das relações que nunca vão nascer.

Assim, na jornada da alma maldita,
A carência nos guia, como uma dita.
É o convite ao abismo, à solidão verdadeira,
Onde o amor e a compaixão são cinzas que pairam na atmosfera.

Que na carência encontremos a força sombria,
Para buscar o amor em cada escuridão, em cada agonia.
E que ao fim da jornada, possamos perceber,
Que na própria carência, há o poder de perecer.

  • Autor: O Art (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de Abril de 2024 02:02
  • Comentário do autor sobre o poema: Apenas minha carência escrita em forma de poema...
  • Categoria: Gótico
  • Visualizações: 8
  • Usuário favorito deste poema: DAN GUSTAVO.


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