O ENTARDECER ATEMPORAL

matheusdantas

Infelizmente a tarde irá sucumbir, tendo uma calma efêmera,
onde o clímax desse ensejo será a luz infinita.
Pois há neste fulgor solar um fragmento que pulsa o meu canto,
Apresentando uma música com melodias de dor, e a decadência numa canção solene.

Mas, a conformidade do nosso ser, esvai-se e perde o seu contexto
Solicitando ao meu coração, um desdobramento de desejos,
e a solitude se faz a espreita; e a vida, essa sim, se quebranta com delicadeza
Fazendo com que as minhas mãos trêmulas contemplem o destino infindo.

O que resta-me a dizer, é que a tarde tornou-se uma eterna moribunda,
ao qual deverá falecer, espalhando mágoas profundas dum céu anil
Através do meu olhar, fazendo-se cálida em minhas mãos, e pacífica ao meu ego.

Enfim essa é uma tarde impiedosa — sem conter a luminância que almejei
Porém, como ficará o céu deste amanhã?
Triste eu diria fenecendo dentro de mim...

  • Autor: M.Dantas (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de julho de 2020 18:08
  • Comentário do autor sobre o poema: Em tempos monótonos, esses versos surgiram duma forma completamente espontânea. Onde através da observação da paisagem rendendo-se aos aspectos noturnos, pude obter o olhar longínquo entre as novas perspectivas de vida que se integram. Cumprindo o seu papel dia após dia.
  • Categoria: Natureza
  • Visualizações: 32
Comentários +

Comentários1



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.