A morte é uma coisa inexplicável, principalmente para pessoas sem rumo
A morte te dá um rumo
Sem porquês ou para quês
Só vem!
É, só isso, o lamento
Me baseio na história do filho que esperou a volta do pai, mas não era ele. E se fosse
para tê-lo em pedaços, antes fosse descansar.
A morte é como nessa canoa, a vela está sempre acesa. E a caravela está a todo
vapor.
Só esperava…um trem velho caindo aos pedaços e não essa rapidez tão devastadora.
A morte é algo a se pensar
Se sou eu ou você?
Será, você ou eu nesse barquinho tão desesperado?
Talvez, o desesperado seja eu
Que não canso de chorar
Ou talvez seja você que me faz chorar
A morte é algo a se analisar
A culpa foi minha?
Ou sua que me deixou feito um vagabundo.
Os porquês são infinitamente imensos e me deixam submerso
Tão submerso, que caiu nesse rio
Que são as tristezas
E é sobre a morte e as despedidas que sufocam, mas te soltam
E, sem rumo, me fui, a morte te dá um rumo.
- Autor: Fenix (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 31 de março de 2024 19:42
- Comentário do autor sobre o poema: Baseado na obra de Guimarães Rosa de seu livro Primeiras Estórias, especificamente, o conto 'A terceira margem do rio'.
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 6
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