O sol nem terminara de nascer quando de forma frenética, ouvia batidas rápidas e fortes.

Ao abrir lá estava a figura bela e demoníaca, então de uma boca seca e uma voz que quase não sai,  eu disse: "Olá satã", aquele olhar penetrante mergulhando até o profundo da minha alma, faz em pequenos laços de falta de sanidade, esquecer as agressões ao meu amor para com ele. 

Ele de forma bem mal, sussurra em  meus ouvidos, "vamos andar lado a lado novamente?" Como um blues de melodia e notas picantes, a sanidade desvaria  por completo, entregue a loucura e aos braços do demônio. 

Em pensamentos perdidos e delirantes, fixados em seus olhos "Não sei o motivo de não nutrir ódio, ao demônio que espancou minha alma e meu amor até ficar satisfeito com minha dor", mas o seu toque, seu suspiro, seu cheiro e seu beijo, revivia a tentação.

Em momentos de desolação, o demônio aproveita de minha fraqueza e pergunta "Queres beber do meu amor mais uma vez? Faremos direito, do jeito que eu gosto, e de novo deixará um âmago infernal e meu corpo será enterrado por você, e não me importa a onde, pois das entranhas eu nasci" 

Em pequenos lapsos de sanidade, eu indago "Como posso entregar minha alma novamente a você ? Por mais belo que seja satã, jamais vou reviver tais viés de lamentações" Era perceptível o velho maligno demônio em suas íris, devido a indagação, tornara ríspido, uma ameaça de deixar o amor dele por mim em uma rodovia a beira da estrada foi proclamada, "Um amor que me trata como um cão?" "Faça melhor, enterre em lugar bem obscuro no inferno".

A ira o dominou, seu punho fechou, seus olhos ficaram vermelhos, seu semblante mudou e lá estava eu frente a frente novamente com face do mal, e de uma forma bem corajosa e já na minha sanidade, digo "Seu corpo será partido, pegue uma viagem só de ida a BR - 101, e encerramos por aqui demônio hoje você não ganhou minha alma".