Solidão

Avelino

Eu as folheio, amarelecidas,

com vagar, que as quero inteiras,

sombras vívidas de um vivido antigo

que as trago comigo em pandora caixa

libertadas às vezes em lento mostrar

do que agora são retratos de fatos idos.

Recendem perfumes suaves

de flores maceradas pelo roldão da vida.

Parecem, mas não são, sombras indefinidas

quase as duvido terem acontecido.

Reacendem chamas esquecidas,

e as colho e recolho

para novamente lembrar

que te conheci um dia.

 

  • Autor: Avelino (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de julho de 2020 05:33
  • Comentário do autor sobre o poema: De novo, outra vez, para ela.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 26
Comentários +

Comentários1

  • SANTO VANDINHO

    Reflexiva poesia que nos leva a sempre ter opção para lembrar as lembranças boas ou ruins ! Paz e Bem Poeta !

    • Avelino

      Vamos lembrando e vivendo.



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