Inconstâncias

Rakel Magalhães

Não sei o que pensar

Odeio que isso vem de amar.

É que sou muito inconstante 

Você também é, mas levarei adiante.

 

Não sei o que se passa na sua mente

Me engana que fico descrente.

No fundo sei que é verdade

E que o impasse faz parte.

 

Parte de que? De onde?

Não sei, fui concluir isso ontem

A inconstância é tão minha

Que parte da minha falta de sabedoria.

 

É que não sei o que você sente

Trascei verdades na minha mente

E as vezes me frusto

Com o resultado maluco.

 

Não é só culpa minha, 

Observo os seus traços 

Como se fossem linhas 

E te encontro até quando fraco

 

É te vendo que contorno padrões 

Tudo como se fossem canções 

As linhas são ondas sonoras

E tua inconstância é desafinação nas notas.

 

Jamais julgo, nunca sei o que sinto

E já te peço perdão 

Minhas decisões estão sempre indo e vindo 

Eu também não tenho um padrão.

 

Acho que isso é ser humano

É nunca ter plano 

Nunca amar como pensamos

Nunca ser recíproco como desejamos.

  • Autor: Strarslix (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de março de 2024 17:09
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema foi escrito enquanto passava por uma situação onde a outra pessoa nunca era clara sobre o que sentia, sempre era 8 ou 80, preto e branco, não que eu não seja assim também, mas em qualquer relacionamento, seja amoroso, familiar ou amigável, merecemos responsabilidade afetiva, merecemos o cuidado para não pensarmos demais. Se não sabe o que sente então procure terapia, procure se entender, mas não se envolva com outras pessoas, porque pessoas confusas confundem as outras.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: MrFred


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