Não sei o que pensar
Odeio que isso vem de amar.
É que sou muito inconstante
Você também é, mas levarei adiante.
Não sei o que se passa na sua mente
Me engana que fico descrente.
No fundo sei que é verdade
E que o impasse faz parte.
Parte de que? De onde?
Não sei, fui concluir isso ontem
A inconstância é tão minha
Que parte da minha falta de sabedoria.
É que não sei o que você sente
Trascei verdades na minha mente
E as vezes me frusto
Com o resultado maluco.
Não é só culpa minha,
Observo os seus traços
Como se fossem linhas
E te encontro até quando fraco
É te vendo que contorno padrões
Tudo como se fossem canções
As linhas são ondas sonoras
E tua inconstância é desafinação nas notas.
Jamais julgo, nunca sei o que sinto
E já te peço perdão
Minhas decisões estão sempre indo e vindo
Eu também não tenho um padrão.
Acho que isso é ser humano
É nunca ter plano
Nunca amar como pensamos
Nunca ser recíproco como desejamos.
- Autor: Strarslix (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de março de 2024 17:09
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema foi escrito enquanto passava por uma situação onde a outra pessoa nunca era clara sobre o que sentia, sempre era 8 ou 80, preto e branco, não que eu não seja assim também, mas em qualquer relacionamento, seja amoroso, familiar ou amigável, merecemos responsabilidade afetiva, merecemos o cuidado para não pensarmos demais. Se não sabe o que sente então procure terapia, procure se entender, mas não se envolva com outras pessoas, porque pessoas confusas confundem as outras.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
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