Será que se pudéssemos voltar no passado mergulhado em nossas lembranças viveríamos melhor cada um desses momentos eternizados em quem somos? Ou estaria o coração fadado ao implacável alheamento de suas esperas? E seja quando crianças por ir brincar com um amigo num campinho de terra, por perseguir insetos, por uma festinha no colégio, uma paquera, ou até mesmo pelo incansável trabalho a intervalos de sono, por uma hora extra de centavos na conta ou "um compromisso mais tarde" quando adultos será que o mundo sempre nos estenderia seu barulho cada vez mais e mais ensurdecedor sob os holofotes do vício, ambição e orgulho? E por que o que é realmente importante só é percebido como o "realmente importante" quando se encontra já tão longe que não mais possamos protegê-lo? E mais importante ainda, por que mesmo sabendo disso incorremos sempre no mesmo erro, prisioneiros de um eterno dilema? Será que quem fez o coração fez pequeno demais pra tudo o que ele é capaz aqui dentro de nós e que nunca perceberíamos a real dimensão de um sentimento a não ser quando o objeto desse próprio sentimento já se encontrasse tão fatalmente ameaçado pelo tempo? Quem sabe amar não seja, realmente, a única e última resposta necessária! ...
- Autor: Christopher Bennett ( Offline)
- Publicado: 27 de fevereiro de 2024 20:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários2
A saudade dói demais...!!!
Quantas perguntas oportunas!! Uma reflexão pertinente!
Abraços!
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