Rodrigo Mattos

OUÇA O QUE ELES TÊM A DIZER

Digam-lhe que nossa história chegou ao fim. 
Digam-lhe que essa poesia é última que lhe fiz.

Contem-lhe que existe culturas no mundo que mulher ainda não pode crescer.
Pessoas morrendo de fome, de sede, e não faltam amor para perecer.

Contem-lhe que estou morrendo lentamente sem seu doce olhar de amor. 
Contem-lhe e conteis.
Apenas contem. 
Falem de mim.
Ajudem-a lembrar que um dia fomos amantes e passamos noites em claro se abrindo um para o outro.
Contem-lhe sobre meu amor. Digam-lhe que nunca houve amor maior que meus copos de glicose em sua ânsia ou minhas criações tecnológicas para você.

Oh, meu amor. Espero que contem-lhe sobre como se não volto, não é por falta de amor.
Quero te ver livre para viver tudo que sonhou. 
Mas quero que contem-lhe sobre como te amo e te amo e amo. 
Mas não posso ser seu amor. 
Nossa vida juntos é poesia incompleta. 
Começou em um jogo como pedido, um namoro. 
Mas não posso chegar ao fim.
Não por você, mas por mim.

Meu amor, espero que contem-lhe sobre como amar é deixar livre e viver. 
Te amo tanto, que não poderia deixar isso te prender. 
Contem-lhe que já sou um homem diferente do que estava acostumada. 
Meus cabelos brancos não mentem sobre minha estrada.

Minha jóia rara. Lapidar nossa história em cima de suas incertezas, impossibilita minhas dádivas.
Contem-lhe que eu fui sincero e honesto.
Contem-lhe.
Contem-lhe que confiança é uma pessoa desconhecida que aparece em sua vida em uma virada de ano de momento Bohemio.
Pode depositar tudo que tem nessa oportunidade, mas nada lhe garante.
Contem-lhe que a vida é boa e boa vida chega para quem assim deseja. Assim como paz.
Mas tenha isso como desejo. 
E faça valer.

Espero que contem-lhe que poesia não é démodé.
Existem formas distintas de expressar o que não se vê.
Mas veja.
Veja, meu amor. 
Veja o amor que te rodeia.
Veja as expressões que lhe semeiam.

Contem-lhe.

Contem-lhe por jogos, imagens ou animações.
Mas que encontre quem te ama e não regule expressões.

Contem-lhe.

Contem-lhe que esse amor de dor já não nos pertence.
Como homem que se renova em sofrimento, contem-lhe que não posso mais aceitar suas dúvidas.
E toda renuncia é carregada por lembranças que foram as mais lindas lembranças.

Impossível existir outro amor nessa vida. Por isso sou novo. 
Renasço como uma fênix em minha história.
Deixei um Eu para trás que me cravou na memória.

Fui teu. 
De corpo e alma eu fui teu. 
Me entreguei e doei mais do que deveria.

Meu amor,
Um dia ainda nos encontraremos como um.
Em outra vida, outra história.
Eu me faço novo, para que fique aberto pra essa vitória.
Cada alma gêmea que se conecta de novo em uma vida,
Prova que nunca existiu história de amor aleatória."

  • Autor: Rodrigo Mattos (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de Fevereiro de 2024 00:41
  • Comentário do autor sobre o poema: Uma forma de vomitar sentimentos de transformação.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 4


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