Jose Kappel

Vida de Agravos

 

 

Se caminho só, é porque este
é meu caminho.
Mas porque duvidar tanto de
minhas trilhas?
São ancas e desalinhadas;
de pouco valor forense!

Duvido de meus caminhos
porque outros não tenho
e se tive, não sei.


Procuro outra vida
pra te consolar!

Mas vá achar outra vida!

Que faço com duas,
se não consigo suportar uma?


Que faço com duas,
se malogro na primeira?

Sou vítima do desdém.


Se aporto, naufrago,
Se renasço, caio de vintém
no poço mais profundo
de águas de ninguém!

Assim, vou trocando de vida,
ora aqui, ora ali,
sempre pensando
que, um dia, talvez,
eu volte pro colo dela,
e vire luz, carinho,
e doce meiguice;
aquilo que atrela o
homem e o faz guardião
solene de seu castelo.

Um dia, espero, ser assim:
Uma vida de encanto basta
para ressuscitar
o que perdi.


Se há um fim do mundo
é lá que habito.
Tem de tudo.
Tem até horas pra marcar
e gente, cansada, pra conversar.


Outro mundo de pouco chorar,
de adeus passageiro e que  sempre está a desabar.

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Fevereiro de 2024 03:10
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.