Antonio Luiz

Perdoa-me, meu bem!

perdoa os tantos excessos

que eu cometi deslumbrado

na ânsia de ter só pra mim

 

perdoa os sabidos silêncios

quando murmurava teu nome

pra evitar que o soubessem

e, assim, chamassem por ti

 

perdoa minhas artimanhas

ao lamber pele e entranhas

e provocar, afora, repulsão

à minha baba vertida de ti

 

perdoa os caminhos tortos

e a bússola desmagnetizada

pra demandar outros passos

tornando a viagem mais longa

 

perdoa as sombras nutridas

e o não te olhar de tão perto

pra vagar, distante espectro

e contemplar só toda tua luz

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 05/02/24 –

  • Autor: Antonio Luiz (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Fevereiro de 2024 14:47
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 6


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