Quero uma mulher de dois quartos, um vestido de mel, um rosto faceiro e mágico e reluzente, que tenha flores, sempre aromado e frequentado por mim e pelo meu corpo.
Quero uma mulher vestal e amiga que tenha um quarto, dois travesseiros e um lençol de cetim, que tenha um sorriso plausível e que possa até ser controverso.
Quero uma mulher simples ao extremo e complexa até o fio de cabelo. Que seja visionária, maleável, bruta, arrítmica, mas cândida nos pensamentos e nas caricias. Que me faça sonhar e rolar pelas nuvens.
Quero uma mulher de três anjos, sendo todos amigáveis e coloridos ao ponto de me enternecer, que use perfume de Odessa e um cordão de ouro que resplanda à luz de velas.
Quero uma mulher, um tanto assim mulher, sem lua importante, mas que seja pura como o nascente e agressiva como o valente guerreiro. Não quero as de meias palavras, quero por inteiro, que seja amor e faceira
Quero uma mulher romana ou medieval, por bem falar, servem as gregas e petruscas. E por bem dizer, qualquer uma que tenha o calor de uma noite romana e que nunca tenha conhecido o frio de não ser. Quero uma mulher guerreira, que também ame a paz.
Quero uma mulher sem ocasos. Que seja rubra e fogosa que seja sempre verão e, ocasionalmente, amaine sua brisa em meu corpo.
Quero uma mulher que tenha um quarto e uma cama, um lençol para amar e outro para dormir. Um grande cobertor colorido, quente e prumoso, que saiba esconder confidências. Que tenha um criado mudo onde possa pousar suas joias e seu diário, onde, certamente, falará de seus sonhos românticos.
Quero uma mulher que seja asteca de luz ,com luz interior e namore nossa história de amor, bem abaixo das velas de candeias, suporte das folhas de flandres, para que se evite que seja queimado, ou se debilite ao rumorejar de qualquer vento. E que o povo a leia com devaneios, suspire pelo seu corpo e a venere com se fosse acácias
E que esta, ao mesmo tempo, faça despertar em todas as mulheres os princípios do amor, da paixão sem limites, e que nelas nasça o sentido de ser, amar e morrer, compreendendo que a vida só se agiganta quando o amor se encontra e revive por galácias luminosas e desconhecidas.
E que tudo seja uma tênue República do Amor, entre a vida e a eternidade. Pois já somos o princípio e o fim, mas nunca morremos. Quando o elo se parte, nos tornamos estrelas, prontos para uma nova viagem que condensam luzes de amor.
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 30 de janeiro de 2024 03:13
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel
Comentários1
Caramba, tô pasmo! Que inspiração bacana! Que mulher maravilhosa, amei este poema ????
Abraços poeta...se supera a cada publicação!
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