Amor não morre, hiberna.
Morre o desejo e a paixão,
Morre o gosto e a atração.
Morre tudo, menos o amor.
Para que possamos amar verdadeiramente
É necessário que algo dentro de nós morra.
Antes era um desejo
Depois virou uma paixão.
A paixão ergueu-se como um fogo descontrolado,
Queimava tudo e parecia impossível ser apagado.
Era fogo do inferno, —Achava.
Era sentimento eterno, —Acreditava.
Mas, o fogo apagou-se
O gosto apartou-se
A paixão dilacerou-se.
E percebi então que
Algo dentro de mim morreu.
Morrer é estranho…
Mais estranho é quando se está vivo.
Estava semi-morto
E muito bem consciente.
Ao contrário daquele sentimento envolvente
a que eu estava todo entregue,
paixão para mim morreu
e ergueu-se a razão.
Foi necessário desconstruir tudo o que sentia
Para perceber o que realmente queria.
Paixão é emoção momentânea
Volátil e instantânea.
Foi necessário matar a paixão
Para eu perceber o meu coração.
Não te quero por instantes
Quero-te a todo instante.
Quero que tu sejas as profundezas do mar
Para que eu possa afogar-me em ti.
Amor não morre, hiberna
Realmente é necessário que algo dentro de nós morra
Para que possamos amar verdadeiramente.
A paixão morre e o amor nasce. Amor vive para sempre…
- Autor: Osvaldo Subiso ( Offline)
- Publicado: 23 de janeiro de 2024 17:55
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema surge duma reflexão profunda sobre “ O que é amor". Da minha reflexão concluí que o amor não morre, ele é eterno, e quem ama verdade nunca irá deixar de amar.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
Comentários1
O amor, ao mesmo tempo que complexo parece simples de compreender, no entanto, uma mistura de dor e afago!
Aplausos! Perfeita poesia sobre esse grandioso sentimento que é amar!
Muito obrigado!
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