era poeta, e não morreria de belezas
trazia em sua essência levíssima alma
que autônoma quase sempre lhe fugia
pra escutar, lá do alto, os passarinhos
de cujos cantos, somente ela entendia
o lamento das notas triladas em gaiola
e as arrancadas, na mais vil selvageria
cegando bichinho pra obter gorjearia
e a tal nuvem passageira que habitava
às rebarbas dos céus então se prendia
e pra que olhasse os seus entes-‘inhos’
as barbas de Deus puxava com ousadia
reclamando a alegria tirada dos ninhos
e chorando a dor tão grande que sentia
ela triste, em não lhe retornar, insistia
e o poeta adoeceria de vez em quando
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 22/01/24 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 22 de janeiro de 2024 10:38
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 4
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