Passantes Sem Prumo

Jose Kappel

 

 

Sombras de castelos que me
assustam;
redimidos arbustos
de uma noite dos ávidos,
que me amaciam as
lembranças,
como fotos esquecidas.

De dois lados caminham
o improvável;
de dois lados
me arredam lembranças
que fim não terão,
nesta vida
de pouco sol.

Grumetes alvoroçados
anunciam uma nova terra;
capitães de bordo
tocam o alvorecer;
e a nave sem rumo
finalmente
encontra sua terra
salpicada de
paisagens vazias.

A vida se passa naquele
momento:
ontem foi agora,
amanhã não tem hora.

Debruçado em minhas
lembranças - até estranhas,
vejo mares, jovens e castelos,
todos coloridos pelo tempo,
cujo nome é dado e
renegado aos passantes
em prumo.

E se por tudo isso
alcanço agora o esplendor do
nada, sinto que seja por
causa dela.


Uma vez chegada de rainha,
outra vez, de saída,
com plumas de adeus nos eternos de minha vida.

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de janeiro de 2024 02:21
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


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