A guerra não leva à paz,
a união leva à liberdade,
o respeito é um ato pacífico:
- Assim, com arminha não há unidade.
O amor é um sentimento puro,
que gera alegria e bondade,
ser acessível é bom demais:
- Assim, com carinho, há humildade.
O calor da disputa é legítimo,
mas, a frieza leva à vaidade,
o descanso diminui e refresca o desatino:
- Assim, a cama alinha a umidade.
Se o contrário leva a desviar o rumo,
parece que não há mais piedade,
a raiva, então, consome tudo:
- Assim, oca é a minha mansidade.
O destino pode até pregar peça,
contribuindo para alguma fatalidade,
mas, nada se sustenta por muito tempo:
- Assim, o carma mina a imunidade.
E no enlace da empatia da vida,
o que mais se preza é a amizade,
a melhor coisa é ser franco e leal:
- Assim, cá, em mim, há unanimidade.
Mas, afinal, se um dia a casa cai,
a ideologia provoca uma rivalidade,
então, a prosa perde a graça:
- Assim, cá, míngua a amabilidade.
O envelhecimento intriga e apavora,
e o faz-de-conta vira preciosidade,
o toma lá, dá cá, vira piada:
- Assim, cá, aninha a humana idade.
A necessidade fortalece o dom,
e a mansidão traz felicidade,
tudo, então, fica bem mais tranquilo:
- Assim, como amo minha amenidade.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 11 de janeiro de 2024 10:23
- Comentário do autor sobre o poema: No deleite da escrita, a grafia dá o sabor, a expressão limita, e o fonema é o vetor. Se a sinonímia é evocada, a paronomásia vem no bico, a homonímia é entoada e o vocabulário fica bem mais rico. Assim, convinha a utilidade! O sentido é fazer uma simbologia através de uma construção fonética e fonológica, para trazer à reflexão, a partir do título de um filme épico: ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 4
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