Recebo ordens
e me calo,
como um pássaro acuado.
Recebo ordens
e deixo a vida passar.
Eles me confundem com
pajens mal pagos
e doloridos.
Se cores vazias
escorrem pelo meu corpo
é culpa dos intempéries da ordem.
É ordem superior –
me acautelam – é do
Mestre, do Ouvidor do
Rei de poucas terras.
Mas são ordens!
Em que precipício cai?
Vindo não sei de onde,
E sempre partindo malaio
tentando alcançar algum amanhã.
sem meio sol.
Mas são ordens
do ordenança que só é pago
para cobrar meus feitos
E meu mal afiliado pensamento.
E se algum dia for gente, vou me banhar no arco iris da chuva.
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 16 de dezembro de 2023 03:29
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.