ACASO

Diz que não me ama, mas em
cada beijo você não consegue me soltar,
Diz não me amar, mas está tão próxima da minha boca.

Quando eu te coloco contra a parede
e nossos rostos se encostam,
é quando você não tira seus olhos da
minha boca e o tempo parece não passar.

Você me bate e sai correndo, 
dizendo que sou chato e bobo,
diz pra mim que não quer mais me ver
mas não consegue falar sem desviar o olhar.

Quando nos encontramos, você diz que estou te seguindo, eu digo que é o acaso, enquanto suas amigas comentam entre elas que somos feitos um para o outro.

Diz que não faço falta, mas não me encontra
em outros corpos, mente para si mesma e 
nem você mesma acredita, insiste na 
esperança de um dia esse amor esfriar.

Mas sem querer e talvez querendo, você se entregou e naquela noite, mesmo nunca tendo colocado álcool na boca, você bebeu 
quando me viu chegar. 

Quando eu vi você bebendo tanto, eu quis questionar, bebeu para me esquecer ou para ter coragem de dizer o que não diz sóbria? Você não conseguiu parar em pé.

"Cala boca, eu sou muito boba, te amo tanto" Aquele seu beijo eu queria tanto, mas não naquela situação, espero um dia ter seu beijo novamente.

"Por favor me beija, eu não posso mais viver sem você"

Eu espero um dia ouvir isso, com você sóbria,
me pergunto se tudo acabou mesmo ou se um dia você vai me entregar meu coração
de volta, para tudo recomeçar.

Dias depois, suas amigas dizem que você não sai mais de casa, será que eu devo ir até lá? Meu coração está sofrendo, será que o acaso justifica minha ida à casa dela?

"Você aqui..."
Foi tudo que ela disse, antes de me abraçar chorando e dizer "Eu fui boba demais" e tudo que eu poderia dizer "Eu amo tanto você, será que é tarde demais?"

Naquele dia, lágrimas fizeram parte de tantos beijos, tantos abraços, tantas carícias e tantos elogios. Espero um dia viver esse sonho com você, mas acordado.