aquele santo pobre diabo tão desfalecido
de cá, parecia prego alijado à luz poente
arqueando-se no topo do pequeno monte
como se pra quadro mal pintado posasse
feições carregadas, enfeando o horizonte
extenuação enrugando as veias da fronte
cabelo ensebado, como um prato cuspido
pela vida que se atulhava de suas chagas
não ousava qualquer oração desde moço
mas tocou o chão, com joelho de condão
e dali se difundiu um sismo de comoção
teria crido em algo, além do sofrimento?
de lá, olhou pro mundo com esperanças
de súbito, indigestou-se dele a vida ruim
amou sua esposa até desaprender d a dor
e os filhos conheceram o seu riso, enfim
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 25/10/23 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 26 de outubro de 2023 12:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Comentários2
Parabéns pela sua bela poesia! Boa tarde! Um abraço.
Caro poeta Vilmar,
Grato pela leitura e pelos comentários!
Um abraço.
A fé, mesmo pequenina, do tamanho de um grão de mostarda, é capaz de promover grandes mudanças!
Belos versos, amigo Vilmar. Parabéns por tão bela mensagem poética!
Um fraterno e carinhoso abraço.
Querida poeta Maria do Socorro,
Muito obrigado pela gentileza da leitura e pelos comentários carinhosos: é sempre
muito enriquecedor poder constatar o alcance dos nossos textos!
Um abraço.
Meu amigo, não sei como editar o comentário para corrigir o erro de seu nome. Eu juro que o coloquei correto, não sei o que houve??
É algo que só pode ser editado por aí, mas, de minha parte, não há problema algum: não se preocupe!
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