Pedro Trajano de Araujo

Quando

Quando chegares
Não quero que me encontres
Por trás de portas fechadas
Ou nos balanços das varandas
Quero estar tão imerso em ser útil
Que não sobre tempo para ser fútil.

Quando estivermos frente a frente
Que meu coração não tema
Almejo te reconhecer profundamente
No espelho de teus olhos eternos
Onde minha história se desdobra por completo
Como lembranças de um livro predileto.

Quando te apresentares
Desejo saudar com um sorriso
"Olá, minha amiga!"
Nunca houve dúvida, nem por um instante
De que um dia entrarias em cena
É por isso que cada ato valeu a pena.

Quando me ofertares tua mão,
Que eu não me desfaço em soluços
Nem te implore por mais tempo
Para fazer coisas que negligenciei
Mas que eu prossiga, firme e forte
Contente das vitórias que conquistei.

Quando me envolveres em teu abraço
Com o calor da minha alma, aquecer-te-ei
Para que saibas que não vivi uma vida morna
Mas numa existência de constante evolução
O bastante para transcender ao que cheguei
Daqui para a frente, esperança; o resto nada sei.


__Pedro Trajano

  • Autor: Trajano (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Outubro de 2023 10:29
  • Comentário do autor sobre o poema: Neste meu novo poema, reflito sobre a aceitação da morte. Enfatizo a busca por uma vida plena, útil e significativa, valorizando cada ação. E com gratidão, encontrar contentamento na jornada, pois o fim dessa vida terrena é apenas uma parte do ciclo.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 5


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