Sempre que aqui passava eu conversava contigo!
E quantas vezes tu me deste abrigo
E eu descansei sob tua proteção.
Teus galhos enormes, bonitos, frondosos,
Eram como braços, sempre carinhosos,
E as raízes fortes, fincadas no chão!
Tua linda copa, tão cheia de ninhos,
Ao cair da tarde, tantos passarinhos,
Chamavam seus filhos para então dormir!
Tu eras a beleza de toda a paisagem,
E da natureza eras a mensagem,
Que a floresta inteira iria florir!
Hoje, ao teu lado passo...
Eu estou sedenta... Mata-me o cansaço!
Mas vejo que tuas folhas rolam pelo chão.
Sinto uma tristeza... Uma dor em meu peito,
Por saber que te abateram; e não tem mais jeito.
Leva, então, contigo o meu coração!
***
Maria do Socorro Domingos
- Autor: Maria do Socorro Domingos ( Offline)
- Publicado: 21 de setembro de 2023 13:33
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Comentários1
Realmente, a derrubada de uma árvore é como uma punhalada no coração de quem ama e sabe o valor do verde. Então,indignada com esses se dizem "seres humanos", pergubto_ lhes: até quando vão continuar agredindo a natureza da qual todos precisamos?! A resposta desse vandalismo verde está aí nas inundações,enchentes ou nas florestas queimando. O ser humano é mais desumano do que parece! Amei teu poema!
Maria Dorta, nobre amiga poetisa, agradeço-lhe o carinho de suas palavras.
Na verdade, o humano, criado à imagem e semelhança de Deus, é o único animal que destrói o próprio Deus, através da destruição da mãe natureza!
Estamos enfrentando dias difíceis e depende apenas e exclusivamente de nós a sobrevivência de todas as espécies. Pena que ainda não compreendemos o verdadeiro sentido de nossa existência!
Um grande beijo em seu coração.
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