Nasceu Maria Ninguém
Entre o verão e a primavera
E como tantos Ninguém
Achava que era Alguém
Que, por ser especial
A vida seria diferente
Se descobriu Maria Ninguém
Quando num despertar
Viu que seus sonhos eram irreais
E, como uma Ninguém
A vida cobrava de mais
Trabalhe para sobreviver.
Como poderia ser alguém
Sem encontrar condições?
Onde não passa de uma peça
Na linha de produção dos barões?
E nunca vai ser recebida
No banquete dos poderosos.
E se, ao morrer, um dia
Maria não conseguir ser Alguém
Diga que tentou ser um todo
Que trabalhou como louca
Para deixar suas marcas aqui.
Mesmo sendo Maria Ninguém
- Autor: Viviane.93 ( Offline)
- Publicado: 7 de setembro de 2023 14:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários1
Esse é o destino certo,embora triste e injusto, de todos os que não nascem em berço de outro! Triste e injusta divisão social onde quem mais trabalha e mais precisa, recebe apenas migalhas na vida. Coragem e avante!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.