... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

Sonatina



É mau que eu viva areado, e sem prumo

Posto numa solidão daquele que não crê

Que já está acostumado, ao léu, à mercê

Prosando lembranças, poesia sem rumo

 

Mas, lá no fundo, a esperança, presumo

Tenha a compaixão deste pobre crupiê

Do amor, sem sorte, e cheio de porque

Pois, a boa sonatina a paixão é insumo

 

E, se insistir com a poética nesta saga

Deixando a poesia com a emoção vaga

Não serão somente versos de soledade

 

Será também a alma cheia de lamento

Porque no vazio há sempre sofrimento

E a dor o verso imerso numa saudade!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

29 agosto, 2023, 15’56” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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