Súplica (soneto III)

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Há uma prosa jacente que mascara

O meu poetar sentimental e sedutor

Revirando aquela saudade tão cara

Sumida nas embirrações dum amor

 

E nesta dura aflição, molesta e avara

Que deixa na boca o tal gosto traidor

Rola sensação picante que não para

Porque não para a poesia com temor

 

Ah! Sentimento, por que tanto sente

Por que um coração por afeto mente

Tornando mais dorida a trova inteira

 

Te suplico! -vem silenciar o momento

Cala meu versar, dispersa-o ao vento

Deixai-me manso da minha maneira!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

22 agosto, 2023, 20’37” – Araguari, MG

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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