Toda está saudade comovida
Meu relógio toca, hora a hora
É dura dor, badalada e doída
Toando solidão, ao ir embora
Como é vazia toda despedida
Incontida aflição, então, chora
Aperta a alma, se faz sentida
Soando numa privação sonora
O ponteiro marca cada sensação
E, seus minutos, tão singulares
Pulsam na cadência do coração
Ah! toada em toada, os olhares
De segundo a segundo, ilusão
Não mais há tempo de voltares!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 agosto, 2023, 13’18” – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
- Autor: poeta do cerrado - Luciano Spagnol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de agosto de 2023 08:17
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 2
Comentários1
Meu prezado amigo Luciano. Uma despedida toma-se angustiante quando se tem um relógio a marcar um tempo de retorno da amada. Maldita cadência dos minutos, maldita cadência do coração.
Um belo soneto.
Um forte fraternal abraço.
Obrigado poeta por ler-me e comentar. Apreciado. Saudações.
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