... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

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Toda está saudade comovida

Meu relógio toca, hora a hora

É dura dor, badalada e doída

Toando solidão, ao ir embora

 

Como é vazia toda despedida

Incontida aflição, então, chora

Aperta a alma, se faz sentida

Soando numa privação sonora

 

O ponteiro marca cada sensação

E, seus minutos, tão singulares

Pulsam na cadência do coração

 

Ah! toada em toada, os olhares

De segundo a segundo, ilusão

Não mais há tempo de voltares!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

20 agosto, 2023, 13’18” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Comentários1

  • Maximiliano Skol

    Meu prezado amigo Luciano. Uma despedida toma-se angustiante quando se tem um relógio a marcar um tempo de retorno da amada. Maldita cadência dos minutos, maldita cadência do coração.
    Um belo soneto.
    Um forte fraternal abraço.



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