Sabe aquele vinho curtido que você deixou, estou tomando ele balançado na corda bamba que você armou a minha rede.

Tô tentando me curar da insensatez, tô pegando porrada da vida, tô pagando por tudo aquilo que você me fez.

Estou bebendo o último copo do vinho curtido que você guardou. Estou no quarto olhando teus retratos, inclusive aquelas fotos que mostrar teu corpo nú.

Você tá perfeita nas fotografias ainda guado na minha mente tuas fisionomias.

Você tá guardada na minha memória, só não sei se você guardou alguma coisa minha.

Tó aqui te olhando naquele blusa costa nua, tô gostando das lembranças que você deixou. Tô amando tomar daquele vinho curtido que você deixou, o sabor do licor, e gostoso igual teus beijos.

Já não sei se em tuas noites frias a cama continua vazia igual a minha, será que você sentir a mesma tesão, será que ainda faz o que você fazia com a boca?.

Lembrar sua louca depois que você tirava a roupa perdia de vez toda timidez.

Aqui entre nós dois por baixo dos lençois será que seu corpo ainda e macio, capaz de deixar o travesseiro quente como antigamente.

Estamos separados, mas ainda te vejo em minha frente, como se fosse meu objeto de desejo, como se eu fosse teu dono, não mente mas tinha momentos na cama que você não parecia gente.

Na hora do prazer  você se transformava, na hora do gozo você não falava, cansou de dizer que não falava para não perder o o gosto do prazer.

Na hora do gozo me tirava do chão, aumentava a minha tesão.

Na hora do gozo você me tirava o fôlego, sorrindo e pedindo para não parar, queria gozo duplo, você deixava o fogo em brasas.

 Na hora do prazer você rebolava ao mesmo tempo se torcia, se mordia, me olhava e me pedia para repetimos todos os dias.

Juro que na hora do gozo você morria, os teus olhos te entregava você gostava de levar palmadas de ouvir palavras de grosseiras você dizia que na cama era uma dama, o homem tinha que saber meche com você, que você trocava uma noite de sono por uma noite de prazer.

Eu te correspondia, só que hoje só tenho as lembranças das noites que te torturei.

E por falta de carinho, hoje tô sozinho tomando o último copo de vinho.

Eraldo silva.