JUIZO PATÉTICO E POÉTICO
O mar corre louco nas esquinas
E o asfalto invade o mar
Enquanto os mortos
beijam suas carnificinas
Os vivos desgraçados correm loucos procurando se salvar
As almas bêbadas e tontas
Estrebucham na bigorna
de suas oficinas
manchando - se
a tez pubiana das donzelas
Enquanto as doutas
cortesãs e meretrizes
Fogem satisfeitas de suas celas.
As velhas cafetinas de outrora
Já não valendo mais um réis
Em suas lacunas de agora
Entregam seu prazer
para meninas
Que d'agora por diante
Aquela câmara
se tornará sua oficina.
Vê se o mundo assim
é tão poético!!!
E dos males em coisa boa
o bardo tira poesia
E mesmo diante do patético
O que se vê
nem é sempre o que se via.
E o poeta lúcido ou louco sentirá, sente
e não esquecerá nunca
o que sentia!
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de agosto de 2023 01:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 1
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